Alice Caymmi abre o guarda-roupa e mostra estilo nada básico
'Looks comuns não fazem meu estilo', diz a cantora, neta de Dorival Caymmi, que garimpa peças de Copacabana a Nova York.
pelas ruas de Copacabana (Foto: Isac Luz / EGO)
É também nas andanças pelas ruas de Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde mora, que ela busca peças exóticas para compor seu visual exuberante. Além de uma coleção de perucas coloridas, Alice tem acessórios extravagantes comprados em mercados populares como o Saara, no Centro do Rio, e na Rua 25 de Março, em São Paulo.
“Gosto de encontrar soluções inteligentes. Por isso, criatividade é fundamental. Moda para mim também é uma arte, um jeito de se expressar. Amo cores e não consigo viver sem elas. Preciso misturar um pouco de tudo”, diz a cantora.
Peças irreverentes da estilista Alessa Migani e do designer Christopher Alexander estão entre as suas favoritas. “Gosto de brincos grandes e roupas diferentes. Looks comuns não fazem meu estilo”, aponta Alice, que considera básicas as peças de animal print. “Tenho uma bolsa com cara de gatinho que uso para ir ao mercado. Gosto tanto de estampas animais que resolvi adotar um vira-lata, o Quincas (apelido de Joaquim)”, diz Alice.
gato, Quincas (Foto:Isac Luz/EGO)
Fã de pinturas, a cantora, que também gosta de desenhar quadros, aproveita a estética das artes plásticas na hora de montar seus makes: “Gosto do batom colorido e das sombras com cores fortes. Nunca me arrumo para ficar bonita”.
Além da cor, Alice também tem uma parte mais "sombria". Adepta da combinação preta e branca, a cantora faz questão de misturar os estilos dos hipsters de Londres e de Berlim com o punk rock dos angolanos. “Pode tudo na hora de se vestir. Só não pode ser chato”, define ela, que busca inspiração ainda nas cantoras Grimes e Björk.
Aliás, a islandesa Björk, que já elogiou publicamente o trabalho da carioca, sempre foi uma referência para ela. "Não conheço a Björk pessoalmente, só tive contato via rede social. Ela sempre me inspirou, tanto na música como na estética. Uso tudo que é teatral e que tem um tom dramático".
referindo-se à cantora islandesa (Foto: Isac Luz / EGO)
Para homenagear o centenário do patriarca da família, a filha de Danilo e sobrinha de Nana e Dori Caymmi apostou na releitura das canções do avô Dorival. Versões clássicas ganharam novos arranjos com pitadas de rock, pop, axé e soul no repertório do show “Dorivália”.
“A música sempre esteve presente na minha vida. Sempre cantei desde criança, em festas da família. Meu pai sempre me incentivou, trocamos muitas ideias. Mas ele não interferiu na parte musical do show. Não quis apenas reproduzir as músicas do meu avô, por isso apostei em uma versão mais jovem e atual”, diz Alice, que há dois anos gravou seu primeiro álbum, pela gravadora Kuarup.
Categoria: coriosidades
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