23/01/2014 06h20 - Atualizado em 23/01/2014 10h40 Após um ano, 90 sobreviventes da Kiss ainda preocupam médicos Pacientes são acompanhados toda semana em Santa Maria e Porto Alegre. Bárbara Felipeto encontrou na gravidez motivos para superar o trauma. Luiza Carneiro e Felipe Truda Do G1 RS, em Santa Maria 121 comentários Após um ano do incêndio, pacientes como Paula Fensterseifer recebem atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria (Foto: Luiza Carneiro/G1)Pacientes como Paula Fensterseifer ainda recebem acompanhamento médico no Hospital Universitário de Santa Maria, um ano após a tragédia que matou 242 pessoas. A fisioterapeuta Anna Ouriques é quem atende a jovem (Foto: Luiza Carneiro/G1) Como uma árvore que possui galhos finos e altos, quase escondidos, o pulmão de pelo menos 90 sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ainda tem áreas intocadas e infectadas pela fuligem da fumaça tóxica. Essas dezenas de pacientes continuam a preocupar profissionais dos centros de medicina do Rio Grande do Sul um ano após a tragédia que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Por isso, equipes multidisciplinares se dividem para atender, tratar e evitar sequelas. Desta segunda (20) até sexta-feira (24), o G1 conta como vivem sobreviventes e familiares de vítimas da boate Kiss e o que mudou na lei, nos hábitos e na vida das pessoas um ano depois do incêndio. A tragédia de 27 de janeiro de 2013 matou 242 pessoas. A figura de uma árvore invertida é o melhor exemplo que o pneumologista Hugo Oliveira encontra para desenhar o pulmão dos feridos. Segundo ele, além dos 90 casos mais graves, principalmente de jovens que estiveram internados em Centros de Tratamento Intensivo, 48 outros sobreviventes continuam a frequentar seu consultório no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. É lá que o broncoscópio, um equipamento usado para examinar o órgão, entra em ação. Pelo menos uma vez por mês, os sobreviventes passam pela avaliação usando a tecnologia que permite realizar exames e enxergar as ramificações do pulmão. "Usamos o broncoscópio flexível para o tratamento. Através do nariz ou boca, ele consegue visualizar as vias aéreas e os brônquios do pulmão. Em um primeiro momento usamos uma substância para soltar a fuligem que se aglomerou nos brônquios", explica Oliveira ao G1, reiterando que o procedimento chegou a ser realizado até oito vezes no mesmo dia em um único paciente

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23/01/2014 06h20 - Atualizado em 23/01/2014 10h40

Após um ano, 90 sobreviventes da Kiss ainda preocupam médicos

Pacientes são acompanhados toda semana em Santa Maria e Porto Alegre.
Bárbara Felipeto encontrou na gravidez motivos para superar o trauma.

Luiza Carneiro e Felipe Truda Do G1 RS, em Santa Maria
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Após um ano do incêndio, pacientes como Paula Fensterseifer recebem atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria (Foto: Luiza Carneiro/G1)Pacientes como Paula Fensterseifer ainda recebem acompanhamento médico no Hospital Universitário de Santa Maria, um ano após a tragédia que matou 242 pessoas. A fisioterapeuta Anna Ouriques é quem atende a jovem (Foto: Luiza Carneiro/G1)
Como uma árvore que possui galhos finos e altos, quase escondidos, o pulmão de pelo menos 90 sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ainda tem áreas intocadas e infectadas pela fuligem da fumaça tóxica. Essas dezenas de pacientes continuam a preocupar profissionais dos centros de medicina do Rio Grande do Sul um ano após a tragédia que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Por isso, equipes multidisciplinares se dividem para atender, tratar e evitar sequelas.
Desta segunda (20) até sexta-feira (24), o G1 conta como vivem sobreviventes e familiares de vítimas da boate Kiss e o que mudou na lei, nos hábitos e na vida das pessoas um ano depois do incêndio.

A tragédia de 27 de janeiro de 2013 matou 242 pessoas.
 
A figura de uma árvore invertida é o melhor exemplo que o pneumologista Hugo Oliveira encontra para desenhar o pulmão dos feridos. Segundo ele, além dos 90 casos mais graves, principalmente de jovens que estiveram internados em Centros de Tratamento Intensivo, 48 outros sobreviventes continuam a frequentar seu consultório no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
É lá que o broncoscópio, um equipamento usado para examinar o órgão, entra em ação. Pelo menos uma vez por mês, os sobreviventes passam pela avaliação usando a tecnologia que permite realizar exames e enxergar as ramificações do pulmão.
"Usamos o broncoscópio flexível para o tratamento. Através do nariz ou boca, ele consegue visualizar as vias aéreas e os brônquios do pulmão. Em um primeiro momento usamos uma substância para soltar a fuligem que se aglomerou nos brônquios", explica Oliveira ao G1, reiterando que o procedimento chegou a ser realizado até oito vezes no mesmo dia em um único paciente

Pacientes são acompanhados toda semana em Santa Maria e Porto Alegre.
Bárbara Felipeto encontrou na gravidez motivos para superar o trauma.

Luiza Carneiro e Felipe Truda Do G1 RS, em Santa Maria
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Após um ano do incêndio, pacientes como Paula Fensterseifer recebem atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria (Foto: Luiza Carneiro/G1)Pacientes como Paula Fensterseifer ainda recebem acompanhamento médico no Hospital Universitário de Santa Maria, um ano após a tragédia que matou 242 pessoas. A fisioterapeuta Anna Ouriques é quem atende a jovem (Foto: Luiza Carneiro/G1)
Como uma árvore que possui galhos finos e altos, quase escondidos, o pulmão de pelo menos 90 sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ainda tem áreas intocadas e infectadas pela fuligem da fumaça tóxica. Essas dezenas de pacientes continuam a preocupar profissionais dos centros de medicina do Rio Grande do Sul um ano após a tragédia que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Por isso, equipes multidisciplinares se dividem para atender, tratar e evitar sequelas.
Desta segunda (20) até sexta-feira (24), o G1 conta como vivem sobreviventes e familiares de vítimas da boate Kiss e o que mudou na lei, nos hábitos e na vida das pessoas um ano depois do incêndio.

A tragédia de 27 de janeiro de 2013 matou 242 pessoas.
 
A figura de uma árvore invertida é o melhor exemplo que o pneumologista Hugo Oliveira encontra para desenhar o pulmão dos feridos. Segundo ele, além dos 90 casos mais graves, principalmente de jovens que estiveram internados em Centros de Tratamento Intensivo, 48 outros sobreviventes continuam a frequentar seu consultório no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
É lá que o broncoscópio, um equipamento usado para examinar o órgão, entra em ação. Pelo menos uma vez por mês, os sobreviventes passam pela avaliação usando a tecnologia que permite realizar exames e enxergar as ramificações do pulmão.
"Usamos o broncoscópio flexível para o tratamento. Através do nariz ou boca, ele consegue visualizar as vias aéreas e os brônquios do pulmão. Em um primeiro momento usamos uma substância para soltar a fuligem que se aglomerou nos brônquios", explica Oliveira ao G1, reiterando que o procedimento chegou a ser realizado até oito vezes no mesmo dia em um único paciente

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